AZUL-MARINHO
lisieux
(para Nilo Marinho Neto)
Quem dera, poeta,
eu pudesse sentir
paixão como a tua,
sem hora marcada...
quem dera pudesse,
nos braços de alguém,
ser eu, ser o outro,
ser tudo e ser nada .
Quem dera, poeta,
fazer do espelho
do outro, reflexo...
no brilho dos olhos,
na boca macia,
pudesse provar
o sabor das manhãs.
Quem dera viver
um amor como o teu,
corrente de águas
descendo do NILO,
debaixo de um céu
sereno, tranqüilo,
azul forte,
MARINHO!
BH - 08.05.03