A boa estrada
Ninguém me disse: “Será assim.”
Só minha alma
estranha
preparou a estrada – longa, larga,
quase generosa, e
quase nada
aprendeu,
do que viu.
A curva...
e num jardim ensolarado brincam inferno e céu.
Na mesma gangorra
sobem e descem;
e giram e pausam e se reconhecem...
Quando as sombras chegam, a vontade de doer aumenta,
e ninguém reparou...
Ninguém olhou para trás, ninguém fugiu...
E nem se foge do que se leva por dentro.
Não sei voltar.
Por favor,
faz pra mim uma trilha de migalhas
com um pouco de saudade,
desejo desesperado,
carinho doce, largado,
e aceitação!