Divagando...
Se havia em mim qualquer coisa
que pudesse me aquecer o peito,
perdeu-se entre becos e muros
do meu sonho de amor desfeito.
Evadiu-se de mim feito ave
que foge do próprio ninho,
carregou amor e carinho
e fechou o meu peito à chave.
Meus olhos na noite se perdem
sobras de estrelas buscando.
Faíscas de luz eles pedem,
saudosos de olhar brilhando.
Por viver morrendo de frio,
minha alma ainda espera o sol,
mudanças no curso do rio,
sonha em ser presa do anzol...
...outra vez...
...do amor.