O entardecer no Arpoador

Nas tardes ensolaradas tranqüilo me deito

Olho o por do sol no horizonte distante

Cubro de êxtase meu doce e febril desejo

Para em sintonia de amor me desmanchar

Assisto na escuridão os casais abraçados a chegar

Vejo nas trevas a luz do vaga-lume calmo a bailar

E no desejo louco de amor a viver, aos poucos, busco

Na felicidade dessa tarde um breve amor para amar.

Ouço numa canção teus versos poéticos entoar

Num compasso perfeito riso frenético a dançar

Cavaleiros e damas às vezes se amando a beijar

No doce e maravilhoso brilho reluzente do luar.

Sob a luz de neon a tonalidade rápida a modificar-se

Brindando os dançarinos no perfeito passo a dançar

Qual planta saudável num solo fértil regado a brotar

Exalando a juventude como as ondas agitadas no mar.

Nas tardes ensolaradas no Arpoador me deito,

Sinto no peito o coração a pulsar reclamando

A ausência de quem foi para não mais voltar

Separando-nos do mais belo e carinhoso olhar

Que na beleza desse amor faz-nos viver a sonhar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 30/06/2006
Reeditado em 09/11/2006
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