Noite em Claro
Sobre a mesa um café amargo
Já é madrugada!
Os cães uivam lá fora
E eu ainda acordada
Pés descalços a vagar
Pelo silêncio da casa dormente
E o grito sufocado
Dessa pobre alma vivente
Os dedos percorrem a vidraça
Os olhos contemplando a rua triste, úmida
A vista embaça
Nesse transe não percebo minha alma ser leiloada
Anjos e demônios disputam o arremate
Nessa noite em claro, caio na cilada!