Pra Maria, Rezo
De seus cabelos, faço lâminas de estrelas,
e ela reluzem até onde existir a eternidade!
De seus lábios, faço ramos de desejos
para quando o sol nascer
reflitam, aos incrédulos, a nossa perenidade.
Um dia, quando o céu acabar,
e ganharmos a liberdade,
crianças do tempo vão enviezar
pela abóboda da realidade e
de lá conhecer nossa verdade.
E lá irão achar, cravado em aço,
em alguma flor atordida, e tão forte de alisar,
dois nomes inscritos: José e Maria, que
por aqui viveram e
amaram pelas milhares de
horas, que a vida lhes cedeu,
e daqui rezaram,
pelo amor deles que - conta a história -
jamais teve fim!
Coroada de perenes e plácidas glórias!