Mulher bomba
Com uma granada nos olhos
Outra no colo, outra na mão
A mulher entra em cena
Furtiva, sem afobo, sem emoção
Senta-se no meio do palco
Sem respirar olha em minha direção
Me fita em silêncio de jazigo
Me dá medo, rouba-me a respiração
Essa mulher me mata todo dia
Com seu olhar e seu passado sem emoção
Sempre mudo espero sua alforria
Todo fim de noite é essa invasão
Me mata em silencio, à revelia
Sem usar granada, sem qualquer explosão