Reconstrução
Janeiro, Fevereiro, as águas de Março levando os amores
Vento varrendo varandas, vidas e flores
Águas passadas movendo moinhos e dores
Um silencio infinito.
Silencio véspera de grito
Estaticidade véspera de renovação
Da vida, da varanda, dos amores
Dos remendos no porão.
Clareando antes que o tempo passe
Recuperando destroços e desgastes
Descortinando subitamente, e enchendo de som o oco
Achando a luz para as idéias, rabiscos e frases
Refazendo rascunhos e quases
Curando a dor de um soco.