Mexilhões & Sangria!
O som era dark, boa batida, rasgada,
Lembrei a bela Catherine, “Fome de Viver”,
A levada do começo, uma outra música,
Outro vôo rasante dos morcegos,
Soltei um uivo lancinante & rouco,
A Lua olhou assustada, nau no Porto,
Um clássico grito no ranger da corrente,
Até a luz ficou mais opaca, “Ave de Pedra”,
Flores malditas arrancadas na raiva,
Outro uivo para marcar terreno,
O gozo pálido tornou-se ávido, intenso,
Dois espirros para aliviar a alma,
Todos os desaforos ficaram enterrados,
Vazante no brilho do olhar tão triste,
A gota balança pela face & mistura,
Pediu mais vida, se perdeu na eternidade,
Só agradeceu quando chegou ao fim,
E tudo o que tinha, de nada valia!
Peixão89