LACUNAS...

Há espaços vazios em meu coração,

...Como verdadeiras lacunas.

Não me recordo de ter deixado

Espaços em branco!

Aliás, são lacunas,

Mas, não as vejo tão brancas assim!

São espaços onde vejo nuvens,

Nuvens negras dentro de mim.

Mas, pensando bem...

Lacunas ou nuvens negras, talvez,

Sejam resultados de algo,

Não tão claro,

Que algum dia fiz a alguém;

Talvez sejam nuvens de temporais,

Raios e trovões gerados em minha ’alma,

Desabrigando alguém.

Ah! Várias são as lacunas!

Quantos são os corações que desabriguei?

Quantos são os sorrisos que calei?

Quantas são as palavras pesadas proferidas?

Quantas são as cicatrizes... As feridas?

Ah! Não sei...

Só sei que há espaços vazios,

Como verdadeiras lacunas em meu coração.

Mas ainda há tempo!

Tempo de pedir perdão, e de agradecer o perdão,

Preenchendo assim... As lacunas do meu coração.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 02/10/2009
Reeditado em 02/10/2009
Código do texto: T1843933
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