***VIGÍLIA***

Tudo vejo calada

Sem dobras, vincos ou laços

Nada determino no meio

Não navego nas espumas

Não salgo a boca amarga

Nem encharco os pelos

Nos cravados dedos do desejo

Vou somente no sopro do vento

Nos lábios da manhã

Que se opõe à tarde

Vigilante do porto

Espero o sol que nasce

Na prometida aurora

Agora, estou aqui na vigília

Prisioneira da noite

Enquanto você dorme...

Nikitita... a poetinha de Niterói

Angela Oliveira
Enviado por Angela Oliveira em 29/06/2006
Código do texto: T184387