Tarde Sombria

Um temporal repentino

chega quebrando o silêncio do mar.

Observo o cenário...

Suas águas profundas

já não são mais azuis,

são turvas e revoltas,

reflexos de um céu

embaçado por nuvens

densas e escuras.

Ondas se agigantam

num cantarolar eufórico,

espirros espalham-se no ar

como um branco véu

que somente a natureza

é capaz de criar.

e arrebentam na praia

beijando suavemente a areia!

Nas ruas,

A turbulência das águas

que rolam morro abaixo,

tantos sonhos destruídos

pela enxurrada malvada,

que destrói sem piedade

o progresso da cidade.

Rostos desfigurados

Ante a cena inesperada

vendo cair por terra

o seu sonho... seu barraco...

Sem esperanças para refazê-lo

assiste à cena com desolamento!

Diná Fernandes