AS COISAS LEVES
lisieux
As coisas mais leves
são as que a forte aragem
não carrega:
Um afago no rosto
nas horas mortas do dia...
A letra de um antigo bolero
dançado de rosto colado,
olhos nos olhos,
em longínqüas primaveras...
Versos dispersos
nas folhas dos cadernos...
Como dizia Quintana,
as coisas mais leves
não as leva o vento
nem o verbo
nem o verso
ou o reverso
da memória.
Elas ficam com o cheiro
em nossa pele...
em nosso pêlo,
em nossa história...
BH - 11.12.04