O Homem de Vidro

Este poema é basicamente uma experiência literária para um conto que irei escrever mais tarde, para uma boa Amiguita minha, mas este poema, é como digo uma mera experiência, não tem nada a ver com aquilo que vou escrever nesse conto

O homem de vidro

É frágil

Apesar de Inquebrável

Tudo o que o rodeia

É frágil

Apesar de Indestrutível

Mas ele faz o que pode para viver

Faz o impossível

Sonha

Duma forma translúcida

Duma forma pura

E não tem medo de sonhar

Pois nesses sonhos

Ele não se pode riscar

Pois ele pode não quebrar

Mas riscasse

E os riscos

De mil anos de vida

De mil noites de sonho

De mais quase mil

De pesadelo

Fazem com que tente achar

Uma lógica em si

Da sua existência

A ponta de um novelo

Que tem um principio

Um meio

Um fim

Sendo que ele não consegue ver

Por ser tudo transparente

Não consegue

Nada distinguir

Não consegue perceber

Porque ao ver

Uma rosa de vidro no jardim

Não a consegue levar para casa

Porque ao colhe-la

Ela vai-se quebrar

Pois ao fotografa-la

A imagem esbate-se

E assim

É a metáfora

De uma vida

Do amor

Que quando se quer demasiado

Nada mais conseguimos extrair dele

Do que uma enorme

E devastadora

Dor

A dor

D’

O homem de vidro

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 01/10/2009
Código do texto: T1841889
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