O Homem de Vidro
Este poema é basicamente uma experiência literária para um conto que irei escrever mais tarde, para uma boa Amiguita minha, mas este poema, é como digo uma mera experiência, não tem nada a ver com aquilo que vou escrever nesse conto
O homem de vidro
É frágil
Apesar de Inquebrável
Tudo o que o rodeia
É frágil
Apesar de Indestrutível
Mas ele faz o que pode para viver
Faz o impossível
Sonha
Duma forma translúcida
Duma forma pura
E não tem medo de sonhar
Pois nesses sonhos
Ele não se pode riscar
Pois ele pode não quebrar
Mas riscasse
E os riscos
De mil anos de vida
De mil noites de sonho
De mais quase mil
De pesadelo
Fazem com que tente achar
Uma lógica em si
Da sua existência
A ponta de um novelo
Que tem um principio
Um meio
Um fim
Sendo que ele não consegue ver
Por ser tudo transparente
Não consegue
Nada distinguir
Não consegue perceber
Porque ao ver
Uma rosa de vidro no jardim
Não a consegue levar para casa
Porque ao colhe-la
Ela vai-se quebrar
Pois ao fotografa-la
A imagem esbate-se
E assim
É a metáfora
De uma vida
Do amor
Que quando se quer demasiado
Nada mais conseguimos extrair dele
Do que uma enorme
E devastadora
Dor
A dor
D’
O homem de vidro