MALDIÇÃO EM PALAVRAS
Uma gota cai dos meus olhos,
Taciturna e com aspereza,
Rasgando o meu silêncio,
No vale perdido e lagrimoso.
Uma gota incolor,
Faz-me sorrir nas tristezas,
Dessa emoção que me cavalga,
Fazendo o poeta enaltecer,
Deplorando em versos brancos.
Tu me feres cruelmente,
Com atos e incriminações,
Fazendo-me fúnebre,
No caos deste poema.
Não sou vil como tu pensas,
Infelizmente, eu te ofertei,
Talvez um belo cântico,
Não desejo vinganças,
Pelas tuas palavras lançadas,
No teu próprio espelho.
Exaltando a sensualidade,
Do corpo em plena chama,
Delirando o pensamento,
Dum grande sentimento.
Cantando naqueles versos,
Os teus reais primores,
Exibindo o meu desejo,
Dentro do teu coração.
Fui rejeitado e humilhado,
Pisoteado por palavras,
Machucado e torturado,
O meu pobre coração.
Fui desprezível e abjeto,
Um João ninguém,
Se tu fosses uma Juíza,
Eu já estaria condenado.
A minha real sentença
Seria um eterno sofrimento.
Com a minha cabeça decepada,
As mãos cortadas e os olhos furados.
O meu coração retirado por crueldade.
Assim, tu desejas o meu corpo,
Achas que eu não devia existir,
Somente tu poderias reinar,
No castelo de insignificâncias.
Traduzindo diversos rancores,
Almejas a minha perdição,
Sem qualquer comiseração.
Por que me maltratas?
Que mal eu fizera aos teus olhos?
Para merecer este castigo,
Apenável que comina na vida.
Eu mereço viver e respirar,
O mesmo ar que tu respiras,
Vejas que és imbecil e ridícula,
Tuas palavras não me atingem,
Por isso ninguém te quer,
Ninguém te deseja com`uma mulher.
Hoje, és o retrato desventurado,
No vestido infame e vil,
O único remédio será esta poesia,
Livrando-te a alma do inferno.
Naufragando os teus últimos dias.
(1984)
Uma gota cai dos meus olhos,
Taciturna e com aspereza,
Rasgando o meu silêncio,
No vale perdido e lagrimoso.
Uma gota incolor,
Faz-me sorrir nas tristezas,
Dessa emoção que me cavalga,
Fazendo o poeta enaltecer,
Deplorando em versos brancos.
Tu me feres cruelmente,
Com atos e incriminações,
Fazendo-me fúnebre,
No caos deste poema.
Não sou vil como tu pensas,
Infelizmente, eu te ofertei,
Talvez um belo cântico,
Não desejo vinganças,
Pelas tuas palavras lançadas,
No teu próprio espelho.
Exaltando a sensualidade,
Do corpo em plena chama,
Delirando o pensamento,
Dum grande sentimento.
Cantando naqueles versos,
Os teus reais primores,
Exibindo o meu desejo,
Dentro do teu coração.
Fui rejeitado e humilhado,
Pisoteado por palavras,
Machucado e torturado,
O meu pobre coração.
Fui desprezível e abjeto,
Um João ninguém,
Se tu fosses uma Juíza,
Eu já estaria condenado.
A minha real sentença
Seria um eterno sofrimento.
Com a minha cabeça decepada,
As mãos cortadas e os olhos furados.
O meu coração retirado por crueldade.
Assim, tu desejas o meu corpo,
Achas que eu não devia existir,
Somente tu poderias reinar,
No castelo de insignificâncias.
Traduzindo diversos rancores,
Almejas a minha perdição,
Sem qualquer comiseração.
Por que me maltratas?
Que mal eu fizera aos teus olhos?
Para merecer este castigo,
Apenável que comina na vida.
Eu mereço viver e respirar,
O mesmo ar que tu respiras,
Vejas que és imbecil e ridícula,
Tuas palavras não me atingem,
Por isso ninguém te quer,
Ninguém te deseja com`uma mulher.
Hoje, és o retrato desventurado,
No vestido infame e vil,
O único remédio será esta poesia,
Livrando-te a alma do inferno.
Naufragando os teus últimos dias.
(1984)