CONDICIONAL

Se as letras que desenho

umas pós outras fossem

borboletinhas

a pousar

nas páginas brancas

do teu corpo nu...

Se as palavras que escrevo

deslizassem suaves

nas linhas da tua pele

e os versos que componho

entalhassem meus sonhos

no teu sono...

Se o poema que intento

fosse como a brisa

a sussurrar harmonias roucas

e um arrepio te percorresse

da cabeça aos pés

em sensações loucas...

Se as minhas mãos pudessem

abrir e desfolhar tu’alma

para compor um livro...

Ah! Eu seria um poeta

querendo apenas ser lido

para alimentar de amor a poesia....

Lina Meirelles

Rio, 30.09.09