TEMPESTADE
lisieux
"Tingindo de saudade os devaneios"*
espanto o cinza-escuro da saudade
e volto a ter o ardor da mocidade
e deixo explodir-me o amor nos seios
esqueço as nuvens feias, tempestade
que varre estes meus dias e me afoga
esqueço o barco que perdido voga
nos mares tenebrosos da maldade
e volto a ser menina no teu braço
e no teu peito esqueço o meu cansaço
deixando-me embalar no teu amor
é pena que esta noite sempre acabe
que a chuva forte o teto meu desabe
e eu me afogue em sofrimento e dor.
BH - 16.02.05 - 13h17m
(* verso de Paulo Camelo)