Entrego-me... simplesmente
Pego suas mãos e aceito seu convite...
Sigo-o, confiante, pelo espaço infinito
Acompanhando sua direção
E o firmamento que a tudo assiste
Exibe para nós, o tom mais bonito
Da mais sutil e delicada emoção
Junto a você, sigo atravessando o tempo...
A contento entrego-me aos seus cuidados
Numa atitude quase infantil
Há um toque de mistério a cada momento
Em que seguimos juntos abraçados
Numa paixão intensa e febril
Mergulhamos no fogo que nos queima
Permitindo arder livremente à paixão
Que realiza os desejos com loucura
O amor quando é doido sempre teima
Dominando e arrebatando o coração
Ate rendê-lo em doce ternura
Vou contigo nesta aventura
Sem me importar com o que diz a razão
Impetuosa e sem compostura
Numa mistura escura de ilusão
Ambos formamos uma dupla, um par
Que se expandindo toca o firmamento
Não há fronteiras para atravessar
Nem há barreiras em cada pensamento
E no momento exato em que vou me entregar
Suspende-se todo e qualquer movimento
E eu experimento a eternidade...
O instante mágico em que estou a amar
Não me permite nenhum sentimento
Como o vento em meio à tempestade...
Priscila de Loureiro Coelho