ADEUS, TEMPO

(Poema do Dr. Osvaldo Abreu, escrito em minha casa, nesta tarde de 29 de setembro de 2009. O Dr. Osvaldo Abreu, recém - chegado de Buenos Aires, onde realiza Doutorado em Direito, na Universidad Lomas de Zamorra)

Dá uma saudade danada

Ó! Tristeza no peito

Lembrança da criançada

Sonhos desfeitos

Desejos de castelos e príncipe

Flores no jardim

Não se há de dizer ai de mim

Da vida o rio corre assim

Vão-se as águas fugindo do caminho

O pescador que mansas águas espera

Vê de sua janela

A grande enxurrada

Cresceu a meninada

Abre-se a janela

Passa o tempo

Passa a chuva

As videiras envelheceram

Murcharam

A casa ficou vazia

E os meninos já não espiam

O morrer do sol

Os homens

Ó! Homens defeituosos

Não olham pro firmamento

Adeus, tempo