NA HORA DE PARAR AS ANDANÇAS
Nada mais trago, meus passos são tortos.
Além de mim, só carrego o cansaço.
Tenho a alma inquieta dividindo o espaço
com tantos sentimentos, escassos ou mortos.
Das andanças pelo mundo conheci mil amores.
Provei de muitas mesas, conheci seus sabores.
E como era de se esperar, num repente,
a vida que, até então, tinha sido tão paciente,
deixou-me um curto bilhete: "está na hora de parar..."