AGOSTO
É desgosto outro para os onze meses do ano
E o dia dos pais se aproxima
Eu não entendi essa rima
São tantos os dias santos
E o dia de maio das mães se antecipa.
É Setembro e para pensar o tempo para
Janeiro meu ponteiro demarca em mim
E Dezembro de Jesus esse não se questiona
Retorno a Janeiro ou me adianto para ele
Dia primeiro é o seu dia do não para o azar.
A paz de seus terços e rosas
A paz de pedidos e prosas
A mais de brindes e esperançosas novas
Ah! Levanto minha taça a brindar.
Sete da independência
Doze de padroeira santa
Quinze de republicanos históricos
Avante ao tempo que roda
Três de corpus Christi.
É abril trás misturadas para comemorar
Entramos com a paixão da dor
Embalados ao chocolate do gozo
E botamos fim ao enforcar histórico e o queimar rancor.
Dia primeiro de Maio
Se hoje fosse, não escreveria uma só linha em protesto.
E Novembro de tantos intitulados filmados
É nele que colocamos fim e reverenciamos o passado
Eu não abro mão é do fevereiro e março
Pulo salto perco a voz
Peco tanto e me atrapalho.
E lá se vem à quarta-feira
Tantos os meses se passaram
Não falei sobre todos
E se não lembrei é por que me esqueci de conta-lo
Hora de enterrar os ossos
Nossa que cansaço
Rodei todo o ponteiro
E terminei com a pá na mão.
É cíclico esse espaço
Cada numérico passo
E onde foi parar esse Judas
E qualquer outro culpado
E que não culpem agosto por isso.