AMEI-TE

lisieux

Amei-te assim, devagarinho e docemente

como ensinou o poeta

saboreando o amor aos bocadinhos...

Amei-te acomodando-te entre os braços,

dando tratos à imaginação, alinhavando sonhos,

velando-te o sono, nas noites eternais.

Amei-te de forma inconseqüente e leviana,

também amei-te intensamente e sem limites

dual e passional como todas as mulheres.

Amei-te com a delicadeza azul das begônias nas escarpas

com a suavidade da brisa das manhãs

e com a impetuosidade das marés em tardes tempestuosas.

Amei-te...

Percebi os teus instantes e tuas idiossincrasias,

tuas fragilidades e tua força.

Sequei o teu caudal de lágrimas

e me perdi na alegria do teu riso.

Amei-te...

Amei-te tanto e tão completamente

que é totalmente incompreensível

não me teres amado também...

BH – 10.03.05

lisieux
Enviado por lisieux em 20/05/2005
Código do texto: T18358