Dúvidas
Faço Poesia porque o Tempo pede.
Outro metro que nada mede.
Busco nova rima,
mas nada me combina.
Escrivinhador por ofício
insisto em sonhar o amor ficticio,
enquanto carrego minha Poesia
nesse último Festival de Alegoria.
Um pouco à frente,
no amontoado de gente,
pelo vão das pernas,
escorrem as Verdades Eternas.
O Tempo é de dúvidas.
De esperanças miúdas
e de incertezas graúdas.
Já não há uma vida inteira
e é preciso esconder-se
da taça derradeira.