Banalidades
Banal como o vago momento...
Etéreo como o vento...
Sentido corrente, perene e inerente...
Conseqüente e infundado, ausente...
Sentimento imprudente que invade o peito da gente...
Requer o sentido como torrente...
Como pode um sonho ser tão real...
Algo que se imagina, na mente se cria...
E assim se transfere para o real...
Sonho bendito, que se faz maldito...
Querido e sem fim, acordado ou dormindo presente está...
Guio-me por este estranho que é todo meu...
E quem sabe o que é o normal...
Nem a mente, ou se quer os presentes podem julgar.
Presentes nesta vida de atroz loucura.
Como um atróptero voa sobre nós...
Causando o amor, que este seja imortal...
Ou por quanto tempo dure, neste peito mortal...
Que seja assim o bom e velho sonho...
Hora é negro como o ébano...
E às vezes de candura sem igual...
Mas como a fumaça se desfaz.
Retorna ao sonho lindo e sem fim...
Dorme tranqüilo sem temer...
O assombro da noite ou os raios do dia...
Pura poesia, os sons da maresia...
Que no vago da mente se cria...
Fantasias...
De um dia ou uma vida feliz...