Trago
Entranhado
O que trago estranhado
Um olhar entre árvores
Uns passos
Entre pensamentos
Trago
Um gosto amargo
De uma noite
E seu silêncio
Num quase grito
De uma corte de fantasmas
Trago
Mais um trago
De um veneno que alivia
Num gole e noutro gole
Numa baforada
De quase nada
Trago
Entranhada
A alma
Trago
Raízes profundas
Evisceradas
Como quem quer andar
Com o olhar por entre troncos
E deitar entre folhas
E desencontros
De tantas escolhas
Trago
Enraizado na alma
Um grito vazio ecoado
E infinito de tanto nada
De desfeitos feitos
Entranhados
Que trago esquecidos
E imperfeitos
Nas folhas pisadas
De todos os caminhos
Percorridos
Em silêncio
Trago
A palavra não ouvida
A mais maldita não dita
Por entre árvores
E troncos
E folhas pisadas
Trago o medo
De esperanças cansadas
Da vida também pisada
Entre troncos
Morta como as folhas
Entranhada na alma
Na alma estranhada
Entranhado
O que trago estranhado
Um olhar entre árvores
Uns passos
Entre pensamentos
Trago
Um gosto amargo
De uma noite
E seu silêncio
Num quase grito
De uma corte de fantasmas
Trago
Mais um trago
De um veneno que alivia
Num gole e noutro gole
Numa baforada
De quase nada
Trago
Entranhada
A alma
Trago
Raízes profundas
Evisceradas
Como quem quer andar
Com o olhar por entre troncos
E deitar entre folhas
E desencontros
De tantas escolhas
Trago
Enraizado na alma
Um grito vazio ecoado
E infinito de tanto nada
De desfeitos feitos
Entranhados
Que trago esquecidos
E imperfeitos
Nas folhas pisadas
De todos os caminhos
Percorridos
Em silêncio
Trago
A palavra não ouvida
A mais maldita não dita
Por entre árvores
E troncos
E folhas pisadas
Trago o medo
De esperanças cansadas
Da vida também pisada
Entre troncos
Morta como as folhas
Entranhada na alma
Na alma estranhada