Tudo passa, amor.
E o café vai passando,
lentamente,
pingo a pingo
coando.
Enquanto a xícara se apresenta ali...
pronta para recebê-lo.
Exalando seu odor único e maravilhoso,
espalhando a sensação de bem estar,
enquanto apenas esperamos.
Assim os minutos passam lentamente
pela peneira das horas,
e uma cerimônia de demoras,
vai apurando o interesse...
purificando os pensamentos,
aliviando os tormentos,
passando no funil da tristeza
o amor que acabou.
Espaçando uma lembrança da outra,
até que não lembremos mais,
e aí pronto, amor, passou.