UFOLOGIA PARTE III (RUMO À BRASÍLIA)

EXTRA! EXTRA!

Discos voadores sobre o céu do meu brasil!

Vindo pela rota de Cabral e rumo à terra

"Onde que tudo se plantando dá".

Eles seguem pela avenida Brasil até pegarem

A linha vermelha.

São discos iluminados e que pairam sobre

As cabeças pensantes, luzes no fim de um túnel

E pousam no alto de uma favela!

Levando a chuva pro agreste, o sol pro meio-dia

Escandinavo; libertando cativos, sentimentos

Reprimidos, protegendo fracos e oprimidos; baixando

em terreiros e chamando a atenção.

OVNIS que arrebatam crentes, levantam vestidos

De Marylin, abduzem e sequestram bens que redistribuem

Nas sarjetas.

São movidos à neutrons, urânio e à turbinas do rei do terror.

While my eyes don't lookin' for...

Discos de vinil nas jukebox de filme americano.

Colonizando à laser, terrráquios sem terra, árabes comunistas

E tantos companheiros conterrâneos.

Discos de "pratos feitos" na mesa do pobre.

Discos arremessados em jogos olímpicos e formando a cama

Redonda de um casal.

Discos voadores incorruptíveis porém giratórios como o capital.

Passando por balas traçantes, pela casa de Dorothy, entre

Parangolés e patrões e por um tapete voador.

Discos circulares como os ônibus, as esferas políticas,

Ciranda cirandinha, e rodados como aquelas saias de Helane.

Discos rigidos, sem ernia, disquetes e discados!

Fazendo scratches, deixando estranhos sinais em fazendas

E marcas de tortura em corpos culpados e inocentes.

E agora eles rumam para Brasília, levando abordo menores

Abandonados, prostitutas, PMs, sodomitas e um apostolado.

Pela reinvidicação de esperança como um feixe de luz.

Por um planeta melhor para todos os discos, esferas, camadas,

Gamas, beta, alfa e ômega que habitam, trabalham, morrem,

correm e pairam pelo universo afora.

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