PRÍNCIPE PEQUENO
Ele era muito pequeno.
Pequeno mas era príncipe
e o seu coração tão terno
seria afamado para sempre,
Quando encontrou sua amada
e depois de vê-la cativada,
ficaria muito mais feliz
e teria a vida que sempre quis.
Não importava ser pequeno,
se destinado a ser eterno.
Todos os dias, lhe entregaria
um mimo, de preferência uma flor.
Mas um dia descobriria
que, perpétuo não era, o amor...
Alguém entrou no coração dela.
Conquistou-a com várias poesias
e ele percebeu que naqueles dias,
da felicidade, apagou-se a vela.
Solitário seguia pelo deserto,
até que um bando de crianças
apareceu-lhe, clamando seu afeto
e renovou-lhe toda esperança.
Agora foram aqueles anjinhos
que lhe ofereceram uma flor,
uma linda rosa,liberta de espinhos,
amizade-amor, mulher esplendor.
Não importava ser pequeno
se o amor fosse eterno.
Mas o seu amor, ela questionou.
Temia viver só uma paixão
e afastou-se de sua mão.
Ora, quem sem paixão já amou?
Com anjinhos a lhe acompanhar,
agora sentia-se um outro ser
e nesse novo caminhar,
outras flores deveria conhecer.
Hoje, outra flor, nesse deserto,
trata-lhe com muito afeto.
Nem importa o que ele quis.
Só interessa que ele seja feliz.
SP – 26/09/09