Libertação

Quantas vezes por dia

Eu considero a idéia

De tirar a própria vida

Sem prazer

Esperando a próxima dose

As próximas ilusões

Nada a fazer

Quantos pensamentos fluem

Quanto sangue escorre

Sem haver

Esperança e harmonia

Caótica fisionomia

De meu ser

Devaneios que surgem

Em meu deturpado pensamento

De morte

O vazio que me consome

Transmuta-se na infame forma

De consorte

Grita-me, dilacera-me

Por favor, faça isso

Por mim

Estou exaurido

De abafar o grito

Dentro de si

Por um fim na glória

De um anonimato sem memória

Que sou

Despeço-me desse infortúnio

Lamento o caos incompreensível

“Me vou”

[24/09/2009]

Ironic
Enviado por Ironic em 25/09/2009
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T1831115
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