Sobre Ser Humano
Nas frestas dos meus medos percebí como é difícil me doar. As vezes é como estar caindo de uma montanha bem alta e sombria, perdendo a direção e descendo por ela descontroladamente.
Dá para sentir o frio e o som dos últimos pensamentos desconexos,
mas não há mais como parar e as incertezas vão ficando pelo caminho.
As vezes somos Bela e as vezes somos Fera usando a mesma intensidade.
Andamos pela sala, no corredor, nos quartos e não nos reconhemos. É tarde demais.
E nessa humanização aprendemos que a vida é sofrida e que para viver é preciso ter garras de tigre. É preciso malícia.
A ingenuidade vai se perdendo e dando lugar ao adulto que tem unhas firmes.
Você pensa que cresceu e que é humano.
Mas agora, você mata a quem ama.