Onde o sonho ficou
Ouvindo notícias passadas,
em palavras caladas
guardadas no peito,
gritadas ao vento,
que o vento levou.
Leitura aflita
no jornal da minha vida,
uma vida perdida
escrita
nas folhas do tempo.
E o vento devolve as velhas notícias,
aguçando sentidos.
Pecados esquecidos,
pequenas carícias, malícias.
O tempo não para,
ele nunca parou.
Estou onde estou
por não ter onde estar,
por não querer ficar
onde o sonho ficou.