Sob (in)constante concisão
“O amor (...) descortina uma nova possibilidade ao conhecimento. Como dizia um místico esquecido, aliás com uma concisão insuperável: "ubi amor, ibi oculus", onde está o amor, aí se abre um olho”. (Josef Pieper)
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Nessa insana busca no mundo
Da explicação da concisão no amor
Cansei de trajetos desiguais;
ventos desviando dores em sutilezas,
Paixões arrebatadas sob vendavais...!
Debrucei-me na saga do antigo autor,
Páginas amareladas da mesma história;
Naveguei no furor de novos amantes
E revi o choro de antigas almas
Nas viagens de mares (in)constantes...!
Ondas me contam no frescor da manhã
Histórias de aventura em loucas marés,
Decifram-me as insaciáveis sereias
Que sob a insanidade dos astros
Se amam inocentes em nuas areias... !
Assim vejo pelos olhos d'uma estrela,
Que a verdade vela a noite inteira,
A nudez da lágrima do amor profundo
Que em forma de orvalho ruma ao mar
Deslizando nas antigas rugas do mundo... !