Mandaram-me embora de todos os momentos que juntos vivemos,
Riscaram meu nome das histórias de antanho,
Terão queimado todas as fotos em que apareço?
E eu fui embora sem olhar para trás,
E ninguém me perguntou se ainda amo.
Ninguém quis saber se sobrevivo,
E nem lembrar que ainda existo.
 
E eu vou andar como uma sombra,
Preso aos momentos que não se esquece,
Reescrevendo histórias de antanho,
Numa história que não acontece.
Olhando para frente quando ninguém passa,
Amando mesmo que ninguém me pergunte,
Sobrevivendo sem que ninguém saiba,
E existindo mesmo que ninguém lembre.
 
Numa foto em que apareço sozinho,
Há tanto mundo atrás, mais do que se pode ver,
E tanto mundo na frente que ninguém vê,
Mas que eu via na hora da foto ser feita.
Tanta gente que passa alguém me perguntará,
E vou sobreviver e alguém terá que saber,
E só por existir alguém vai lembrar.
 
E sobre amar já não há mais o que falar,
São momentos dos quais não se esquece,
Quando acontecem rescritas histórias de antanho,
Em novas histórias que nem percebemos acontecer.
Tanto mundo na frente e gente que passa,
E me pergunta como sobrevivo e lembra que existo,
E eu amo tanto que alguém vai ter que saber.
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 24/09/2009
Reeditado em 22/09/2021
Código do texto: T1828858
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