RESTOS DO NADA
Tento escrever todos os sonhos
voar no azul das borboletas
pintar todos os cantos
que hoje morrem , padecem sem cores.
Visto o luto vermelho das dores
percorro as linhas que sangraram até o fim
nas frases e cicatrizes do destino
que mataram tantos amores.
Lacro nos olhos as lembranças
o passado derramado de prantos
desatinos das esquinas frias evasivas
e parto estilhaçada em cacos
com restos do nada .
26/06/06