Virar-se do avesso e expor a alma
Nua e crua e ainda assim pura
Sem o medo da verdade
De uma noite caindo
De andar de madrugada
E de uma aurora rompendo
A nossa ilusão, noturna, como a lua negra
Que não vemos, mas está lá
Iluminando nossos passos
E confundindo nossos caminhos
Virar-se de lado e tentar não dormir, nunca mais
Os passos da madrugada não conhecem a estrada
E a estrada não trilhada não nos leva a nada
Só os descaminhos nos fazem voltar
Aos mesmos lugares que desconhecemos
E aos mesmos rostos, ao mesmo tempo estranhos e conhecidos
Fugindo inutilmente de todos os espelhos
De nossos temores mais infundados
Do porvir de uma aurora que seja a última
E de uma coragem que se fundamenta na espera
Virar-se de lado e dar de cara com mais um espelho
Ver na máscara da vida a face da morte
A pintura de todas as covardias com tintas de ousadia
Procurar em vão um canto no mundo onde haja silêncio
Onde a escuridão esconda a multidão de rostos
Um labirinto onde nenhum passo faça sentido
Uma inexistência de caminhos e estradas
Estar dentro de uma floresta que não tenha entrada
Virar-se de lado e ver-se em mais uma noite
Os mesmos passos em outras madrugadas
A aurora vindoura, será agora?
A aurora bem-vinda, será a última?
Todos os pensamentos que se esgotam
E todas as angústias que sufocam
Toda uma tristeza horrivelmente eterna
Todo o desespero certamente incontido
Como as lágrimas irrompidas na solidão
Virar-se de lado e ver-se despido de caminhos
E despossuído de todos os passos
Ver-se no espelho sem mascara e sem rosto
Alma, uma alma que transborda todos os corpos
Luz, luz que escapa sem domínio
E sem o menor escrúpulo
E ouvir todas as vozes de seu próprio silêncio
E todos os sons vazios da madrugada
Estar imerso nessa imensidão de nada
Nada! Nada! Nada!
Virar-se de lado e ver-se terrivelmente sozinho
E calado um segundo antes do grito inevitável
Uma eternidade antes de todo o fim
Dessa mais absurda espera
A última aurora, será agora?
A aurora vindoura, será a última?
Nua e crua e ainda assim pura
Sem o medo da verdade
De uma noite caindo
De andar de madrugada
E de uma aurora rompendo
A nossa ilusão, noturna, como a lua negra
Que não vemos, mas está lá
Iluminando nossos passos
E confundindo nossos caminhos
Virar-se de lado e tentar não dormir, nunca mais
Os passos da madrugada não conhecem a estrada
E a estrada não trilhada não nos leva a nada
Só os descaminhos nos fazem voltar
Aos mesmos lugares que desconhecemos
E aos mesmos rostos, ao mesmo tempo estranhos e conhecidos
Fugindo inutilmente de todos os espelhos
De nossos temores mais infundados
Do porvir de uma aurora que seja a última
E de uma coragem que se fundamenta na espera
Virar-se de lado e dar de cara com mais um espelho
Ver na máscara da vida a face da morte
A pintura de todas as covardias com tintas de ousadia
Procurar em vão um canto no mundo onde haja silêncio
Onde a escuridão esconda a multidão de rostos
Um labirinto onde nenhum passo faça sentido
Uma inexistência de caminhos e estradas
Estar dentro de uma floresta que não tenha entrada
Virar-se de lado e ver-se em mais uma noite
Os mesmos passos em outras madrugadas
A aurora vindoura, será agora?
A aurora bem-vinda, será a última?
Todos os pensamentos que se esgotam
E todas as angústias que sufocam
Toda uma tristeza horrivelmente eterna
Todo o desespero certamente incontido
Como as lágrimas irrompidas na solidão
Virar-se de lado e ver-se despido de caminhos
E despossuído de todos os passos
Ver-se no espelho sem mascara e sem rosto
Alma, uma alma que transborda todos os corpos
Luz, luz que escapa sem domínio
E sem o menor escrúpulo
E ouvir todas as vozes de seu próprio silêncio
E todos os sons vazios da madrugada
Estar imerso nessa imensidão de nada
Nada! Nada! Nada!
Virar-se de lado e ver-se terrivelmente sozinho
E calado um segundo antes do grito inevitável
Uma eternidade antes de todo o fim
Dessa mais absurda espera
A última aurora, será agora?
A aurora vindoura, será a última?