Lua de Sangue

A última batalha começa, mesmo que sem palavras

Aquilo que não foi dito, deixou marcas profundas

A lua de sangue reina no céu

Um mar vermelho corre ao meio de tudo isso

Palavras quando ditas, fazem mais estrago que antes

Lágrimas correm como um rio vermelho

O dia acaba, mas não é o fim

A lua está rubra no céu

Tudo estava calmo demais

A raiva volta, numa emoção tentadora

As feridas queimam, elas foram abertas a navalhas

Mas de longe vê se uma cantiga já esquecido

A musica aumenta levemente, ela acalma os ânimos

Pessoas trocam gestos simbólicos, mas sem volta

Palavras não ousam serem ditas, elas apenas param

Olhares se cruzam ao longe, eles não dizem adeus,

As pontas dos dedos tocam-se ao longe

Mas os calos doem, e como imãs irmãos eles nunca mais se tocam

A lua brilha no céu com uma batalha perdida

Uma batalha, mas nunca uma guerra.

Um batalha talvez perdida, talvez não

O rio dê sangue não está mais caudaloso

Ele Começa a secar, pode demorar anos

Mas as batalhas enfim cessarão.

Betheodoro
Enviado por Betheodoro em 23/09/2009
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