Lua de Sangue
A última batalha começa, mesmo que sem palavras
Aquilo que não foi dito, deixou marcas profundas
A lua de sangue reina no céu
Um mar vermelho corre ao meio de tudo isso
Palavras quando ditas, fazem mais estrago que antes
Lágrimas correm como um rio vermelho
O dia acaba, mas não é o fim
A lua está rubra no céu
Tudo estava calmo demais
A raiva volta, numa emoção tentadora
As feridas queimam, elas foram abertas a navalhas
Mas de longe vê se uma cantiga já esquecido
A musica aumenta levemente, ela acalma os ânimos
Pessoas trocam gestos simbólicos, mas sem volta
Palavras não ousam serem ditas, elas apenas param
Olhares se cruzam ao longe, eles não dizem adeus,
As pontas dos dedos tocam-se ao longe
Mas os calos doem, e como imãs irmãos eles nunca mais se tocam
A lua brilha no céu com uma batalha perdida
Uma batalha, mas nunca uma guerra.
Um batalha talvez perdida, talvez não
O rio dê sangue não está mais caudaloso
Ele Começa a secar, pode demorar anos
Mas as batalhas enfim cessarão.