Ilusão
Era dia, eu não te via…
E sempre que me deitava…
Era noite, te pressentia…
E logo ,em meus sonhos, te encontrava
Perdia-me então em teu abraço,
Terno, robusto, tão avassalador…
Era meu ninho, meu regaço,
Meu anjo defensor
E teus beijos, ai esses ardentes beijos…
Loucos e doces como mel;
Impeliam-me a arrojados desejos,
Tal menina de bordel
Mas pela manhãzinha,
Á hora do sol levantar,
Vendo que estava sozinha,
Acabava sempre a chorar
Fátima Rodrigues