Deslembramento ou versos para esquecer.
A Manuel de Barros.
Não há nestes versos risco para palavra
Quando o som destrava nas rimas que disperso
O senso emenda e grava no sentido inverso
Segue controverso e volta à cova da lavra
Semeia no verbo dois silêncios rasgados
Tal ruído arruinado rimando tão soberbo
Num verso violado de um poema tão ermo
Cassado do termo anseia não ser lembrado.