Um vendaval que entra por todas as janelas
Entreabertas, sempre entreabertas, o descuido muito bem cuidado
Uma pessoa que sai por uma porta, que nunca se fecha
Para uma outra sair por essas portas sempre abertas
Tudo tem controle, abre e fecha, portas e janelas, trincos e tramelas
Pessoas que entram e saem e nos carregam as chaves
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
O coração aos saltos, o rubor queimando as faces
O frio no estômago e a respiração disparada
A mão que sua sem pegar na mão que não é sua
O momento que se esgota tão rápido e não se repete
Essa facilidade de se perder em palavras tão ensaiadas
E dizer tudo quando não se quer dizer nada
Tudo tem controle, abre e fecha, o coração vazio, o tremor nas mãos
E a boca aberta a vomitar palavras, a chance que num momento escapa
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Um sonho que se sonha assim sem cerrar os olhos
Lábios que se tocam suavemente até o romper da aurora
Os corpos e seus encontros e desencantos sempre aos cantos
Mãos que tocam hesitantes o que nunca vão segurar
Deitar-se sobre as estrelas e nunca mais adormecer
Entregar-se às madrugadas e nunca mais morrer
Tudo tem controle, abre e fecha, os olhos e os sonhos que virão
Mãos que não seguram, noites não dormidas, morrer de madrugada
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
O porvir de uma certa tristeza renitente já tão conhecida
Existir precariamente em mundos sempre assim tão inóspitos
Construindo vãs realidades com seus momentos impenetráveis
Não ter a mínima certeza sobre qual seja o próximo passo
E não ser capaz de caminhar senão em fuga desesperada
Busca desenfreada, procura inútil, espera interminável
Tudo tem controle, abre e fecha, verdades, buscas e esperas
Certezas precárias, fugas intermináveis e vãs realidades
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Paixões avassaladoras que nos invadem sempre na hora errada
Penúria mãe de todo amor e expediente o pai que não temos
Olhar que busca luz de outros olhos mas não sabe o que dizer
Pôr-se preso por vontade própria e não saber o que fazer
Esse suspirar pelo que não possuímos que queremos que nos possua
E esse se fazer vazio para sentir-se vazio para algo que nos faça repletos
Tudo tem controle, abre e fecha, paixões e amores e as horas
Saber o que dizer e fazer, o vazio e a vontade e os expedientes
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Ver-se sozinho em mais uma noite estranha e tão conhecida
E uma previsível e hostil madrugada que avança sem pedir licença
Trazendo a melancólica incerteza inaceitável de um outro amanhecer
Que abre as portas de todos os medos, de todas as jaulas e de todos os infernos
Não ser mais capaz de sentir-se preso a qualquer ambiente
Não fazer parte de nenhuma paisagem e nem de nada no mundo
Tudo tem controle, abre e fecha, todas as portas da madrugada
Os infernos, as jaulas e os medos, o amanhecer da incerteza
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
A espera diante das horas que passam certas e intermináveis
A angústia que nos enlaça em todas as chances desperdiçadas
O não dizer, o não sentir, o não fazer, o não poder, o não querer
O silêncio, sempre o mesmo silêncio a devorar todas as palavras
A dúvida, a inquietude, o revolver-se no leito a noite inteira
Para o amanhã trazer todo o desconcerto do amor desconsertado
Tudo tem controle, abre e fecha, as horas, angústias e silêncios
E as palavras devoradas pelo silêncio como chances desperdiçadas
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Expor a alma, abrir o coração, derramar todo o sentimento
Entregar-se irracionalmente ao mais impossível amor
Aceitar toda indômita paixão como livres e selvagens
Entender o inesperado e o insuspeitado e o revelar-se do absurdo
Viver como se cada momento fosse único e interminável
E saber esperar pela morte como quem espera o amanhecer
Tudo tem controle, abre e fecha, a alma e o coração, a vida e a morte
O único e interminável momento à espera do absurdo amanhecer
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Amar aquilo que não pode ser tocado
Desejar o que não pode ser possuído
Reviver tudo o que já foi esquecido
Buscar o que não pode ser alcançado
Refazer aquilo tudo que foi destruído
E recomeçar o que nem tinha terminado
Tudo tem controle, abre e fecha, o que se toca e não se possui
O que se esquece e não mais alcança, o que se destrói
O que se refaz a cada dia e nunca se vê terminado
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Tudo tem controle, abre e fecha, até mesmo o descontrole
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Descontrole o controle! Você pode decidir ter o descontrole sob controle
Controle o descontrole! Você pode decidir ter o controle sob descontrole
Tudo tem descontrole, abre e fecha, até mesmo o controle
Tudo tem controle, abre e fecha, esse e todos os jogos de palavras
O abrir e o fechar, o clamar e o calar, o imenso silêncio
As verdades sobre todas as realidades, relativas dores
O que vamos dizer depois e fazer amanhã, o que vão pensar
Qual o medo que gera todos esses nossos medos irmãos dos segredos
O outro lado da efêmera vida eterna onde vemos a máscara de deus
Olhando num espelho quebrado os olhos que me olham e não são meus
Tudo tem controle, até o descontrole
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Entreabertas, sempre entreabertas, o descuido muito bem cuidado
Uma pessoa que sai por uma porta, que nunca se fecha
Para uma outra sair por essas portas sempre abertas
Portas e janelas e seus trincos, a vida tem tramelas
E cada momento uma chave que nunca guardamosTudo tem controle, abre e fecha, portas e janelas, trincos e tramelas
Pessoas que entram e saem e nos carregam as chaves
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
O coração aos saltos, o rubor queimando as faces
O frio no estômago e a respiração disparada
A mão que sua sem pegar na mão que não é sua
O momento que se esgota tão rápido e não se repete
Essa facilidade de se perder em palavras tão ensaiadas
E dizer tudo quando não se quer dizer nada
Tudo tem controle, abre e fecha, o coração vazio, o tremor nas mãos
E a boca aberta a vomitar palavras, a chance que num momento escapa
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Um sonho que se sonha assim sem cerrar os olhos
Lábios que se tocam suavemente até o romper da aurora
Os corpos e seus encontros e desencantos sempre aos cantos
Mãos que tocam hesitantes o que nunca vão segurar
Deitar-se sobre as estrelas e nunca mais adormecer
Entregar-se às madrugadas e nunca mais morrer
Tudo tem controle, abre e fecha, os olhos e os sonhos que virão
Mãos que não seguram, noites não dormidas, morrer de madrugada
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
O porvir de uma certa tristeza renitente já tão conhecida
Existir precariamente em mundos sempre assim tão inóspitos
Construindo vãs realidades com seus momentos impenetráveis
Não ter a mínima certeza sobre qual seja o próximo passo
E não ser capaz de caminhar senão em fuga desesperada
Busca desenfreada, procura inútil, espera interminável
Tudo tem controle, abre e fecha, verdades, buscas e esperas
Certezas precárias, fugas intermináveis e vãs realidades
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Paixões avassaladoras que nos invadem sempre na hora errada
Penúria mãe de todo amor e expediente o pai que não temos
Olhar que busca luz de outros olhos mas não sabe o que dizer
Pôr-se preso por vontade própria e não saber o que fazer
Esse suspirar pelo que não possuímos que queremos que nos possua
E esse se fazer vazio para sentir-se vazio para algo que nos faça repletos
Tudo tem controle, abre e fecha, paixões e amores e as horas
Saber o que dizer e fazer, o vazio e a vontade e os expedientes
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Ver-se sozinho em mais uma noite estranha e tão conhecida
E uma previsível e hostil madrugada que avança sem pedir licença
Trazendo a melancólica incerteza inaceitável de um outro amanhecer
Que abre as portas de todos os medos, de todas as jaulas e de todos os infernos
Não ser mais capaz de sentir-se preso a qualquer ambiente
Não fazer parte de nenhuma paisagem e nem de nada no mundo
Tudo tem controle, abre e fecha, todas as portas da madrugada
Os infernos, as jaulas e os medos, o amanhecer da incerteza
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
A espera diante das horas que passam certas e intermináveis
A angústia que nos enlaça em todas as chances desperdiçadas
O não dizer, o não sentir, o não fazer, o não poder, o não querer
O silêncio, sempre o mesmo silêncio a devorar todas as palavras
A dúvida, a inquietude, o revolver-se no leito a noite inteira
Para o amanhã trazer todo o desconcerto do amor desconsertado
Tudo tem controle, abre e fecha, as horas, angústias e silêncios
E as palavras devoradas pelo silêncio como chances desperdiçadas
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Expor a alma, abrir o coração, derramar todo o sentimento
Entregar-se irracionalmente ao mais impossível amor
Aceitar toda indômita paixão como livres e selvagens
Entender o inesperado e o insuspeitado e o revelar-se do absurdo
Viver como se cada momento fosse único e interminável
E saber esperar pela morte como quem espera o amanhecer
Tudo tem controle, abre e fecha, a alma e o coração, a vida e a morte
O único e interminável momento à espera do absurdo amanhecer
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Amar aquilo que não pode ser tocado
Desejar o que não pode ser possuído
Reviver tudo o que já foi esquecido
Buscar o que não pode ser alcançado
Refazer aquilo tudo que foi destruído
E recomeçar o que nem tinha terminado
Tudo tem controle, abre e fecha, o que se toca e não se possui
O que se esquece e não mais alcança, o que se destrói
O que se refaz a cada dia e nunca se vê terminado
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Tudo tem controle, abre e fecha, até mesmo o descontrole
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle
Descontrole o controle! Você pode decidir ter o descontrole sob controle
Controle o descontrole! Você pode decidir ter o controle sob descontrole
Tudo tem descontrole, abre e fecha, até mesmo o controle
Tudo tem controle, abre e fecha, esse e todos os jogos de palavras
O abrir e o fechar, o clamar e o calar, o imenso silêncio
As verdades sobre todas as realidades, relativas dores
O que vamos dizer depois e fazer amanhã, o que vão pensar
Qual o medo que gera todos esses nossos medos irmãos dos segredos
O outro lado da efêmera vida eterna onde vemos a máscara de deus
Olhando num espelho quebrado os olhos que me olham e não são meus
Tudo tem controle, até o descontrole
Controle o controle! Você pode decidir ter o controle sob controle