Seus cabelos ao vento voam a tempo,
Eu não sei o momento,
Sei que invento o vento e o tempo dentro do tempo!
Seu rosto triste ao vento,
Tiram-me o intento do que não invento a tempo
De você sorrir, só rir, rir
Suas palavras soltas ao vento,
Eu mesmo tento ser uma palavra solta que não invento, tento!
Sua solidão é um vento que alguém inventa,
E nem ao menos tenta soltar-se a tempo
Sua tristeza é um tempo a dissipar-se ao vento
Bem a tempo dissipar-se
Há tanta poesia no vento e eu mesmo bem que tento, tento!
Eu mesmo tento estar atento ao vento,
Que me traz suas palavras perdidas, soltas ao vento, presas no tempo
Suspenso no tempo voa um vento,
O tempo não passa de um momento
Sua alma alada acorrentada à rocha de um triste tormento
Por que não voa mais ao vento?
Sua voz calada e cansada, por que não grita a tempo?
Enquanto há intento...
Enquanto eu tento ouvi-la ainda,
Com o sussurro do vento?
Vai-se o vento e a voz
O que será de nós?
E se agora cala no tempo o vento do sussurro de sua voz,
O que será de nós?
Amantes de palavras soltas ao vento sem nenhum intento,
De sacadas de madrugadas povoadas de tanto silêncio, sem vento!
A voz do vento no sussurro do tempo, um intento sem tormento,
Um instante sem voz: o que será de nós?
E o que será da voz de quem nunca ouvir o vento,
Nem por um momento perdido no tempo?
E haverá ainda tempo em que se possa ouvir o vento quando a alma alada não voa? Voa?
E voará ao vento alada alma acorrentada ao rochedo inexpugnável do tempo? Vento!
Ventos e vôos solitários de almas cansadas ao relento, sem nenhum intento...
Aladas acorrentadas cansadas e desesperadas almas sem vento, sem vento!
...e sem intento no que invento em madrugadas de sacadas enluaradas!
Eu bem que tento voar ao vento nem sempre a tempo, eu tento!
Eu bem que tento ser como o vento que não tem direção,
Só tempo de voar para onde me manda o coração! Onde?
Onde é que me manda?
Me manda o coração voar no vento no encalço de todas suas palavras caladas... no vento!
Então eu ponho minhas palavras ao vento para perderem-se bem a tempo...
Bem a tempo de encontrarem suas palavras caladas no tempo!
Não posso ouvir o sussurro de sua poesia calada e sem vento
Acorrentada num tempo em que tudo se cala a tempo,
De não dizer o que não pode esconder e revelar o que o vento, só vento pode espalhar...
Seus cabelos assim soltos ao vento,
Suas palavras presas no tempo bem a tempo de calar
Sua voz ao vento num tempo de clamar
Se matam o vento, se calam a voz,
O que será de nós?
Eu não sei o momento,
Sei que invento o vento e o tempo dentro do tempo!
Seu rosto triste ao vento,
Tiram-me o intento do que não invento a tempo
De você sorrir, só rir, rir
Suas palavras soltas ao vento,
Eu mesmo tento ser uma palavra solta que não invento, tento!
Sua solidão é um vento que alguém inventa,
E nem ao menos tenta soltar-se a tempo
Sua tristeza é um tempo a dissipar-se ao vento
Bem a tempo dissipar-se
Há tanta poesia no vento e eu mesmo bem que tento, tento!
Eu mesmo tento estar atento ao vento,
Que me traz suas palavras perdidas, soltas ao vento, presas no tempo
Suspenso no tempo voa um vento,
O tempo não passa de um momento
Sua alma alada acorrentada à rocha de um triste tormento
Por que não voa mais ao vento?
Sua voz calada e cansada, por que não grita a tempo?
Enquanto há intento...
Enquanto eu tento ouvi-la ainda,
Com o sussurro do vento?
Vai-se o vento e a voz
O que será de nós?
E se agora cala no tempo o vento do sussurro de sua voz,
O que será de nós?
Amantes de palavras soltas ao vento sem nenhum intento,
De sacadas de madrugadas povoadas de tanto silêncio, sem vento!
A voz do vento no sussurro do tempo, um intento sem tormento,
Um instante sem voz: o que será de nós?
E o que será da voz de quem nunca ouvir o vento,
Nem por um momento perdido no tempo?
E haverá ainda tempo em que se possa ouvir o vento quando a alma alada não voa? Voa?
E voará ao vento alada alma acorrentada ao rochedo inexpugnável do tempo? Vento!
Ventos e vôos solitários de almas cansadas ao relento, sem nenhum intento...
Aladas acorrentadas cansadas e desesperadas almas sem vento, sem vento!
...e sem intento no que invento em madrugadas de sacadas enluaradas!
Eu bem que tento voar ao vento nem sempre a tempo, eu tento!
Eu bem que tento ser como o vento que não tem direção,
Só tempo de voar para onde me manda o coração! Onde?
Onde é que me manda?
Me manda o coração voar no vento no encalço de todas suas palavras caladas... no vento!
Então eu ponho minhas palavras ao vento para perderem-se bem a tempo...
Bem a tempo de encontrarem suas palavras caladas no tempo!
Não posso ouvir o sussurro de sua poesia calada e sem vento
Acorrentada num tempo em que tudo se cala a tempo,
De não dizer o que não pode esconder e revelar o que o vento, só vento pode espalhar...
Seus cabelos assim soltos ao vento,
Suas palavras presas no tempo bem a tempo de calar
Sua voz ao vento num tempo de clamar
Se matam o vento, se calam a voz,
O que será de nós?