Um dito...
Um dito único... Sem entremeios... Também, sem exatidão.
Corri mundos... Fui o absurdo... Jaz agora o que a mão ditou.
Penso nas entrelinhas... Na construção de textos vãos...
A marca gozada... Aquilo que salta aos olhos comuns, basta aumentar o tom.
Perco-me de mim, em muitos momentos... Mas, regresso ao pó de rabiscos... Sempre rascunho amores, em papel-de-pão.
Seletos momentos... Aprendiz de pétalas é o meu percurso.
Quem dita as regras não sou eu... É o futuro.
E a fé no ser humano?... Ainda não sei o que dizer sobre isso...
E fedem algumas coisas... E riscam o meu chão... Penso que vale o risco... De encontrar e salvar alguém, diante de um precipício.
Muitos são os que acordam... Poucos são os que dormem...
E a cidade apaga-se em seu quarto hipócrita... E a cidade ainda tem anjos que me guardam... E o asfalto ganha o pinche que precisa...
Alguns irão pela calçada mais limpa...
Outros preferem a podridão...
Eu escolho a minha... Que seja o ângulo que tiver de ser...
Quem sou eu para julgar o que é certo ou errado... Ninguém!... Nunca fui a forca dos sensatos... Nem dos mascarados.
Hoje, um dito chamou-me a atenção... Era "um, dois, três, quatro" e o mais novo cidadão, prestava atenção. "Matemático serás!". Disse-lhe, sem titubear. Mas, olhei-o, no fundo dos olhos, e falei para nunca trapacear nos números, porque existe a multiplicação. (Estalos nas pontas dos dedos para o neném encantado).
E o ser humano?... Ainda nascerá... Ainda não sei dizer nada sobre isso.
23:41