Cálice de sexta-feira.
Estive nua maior parte do tempo
que despi meu corpo feito ataque
a dormir minhas crenças, vencidas,
em algum rumo que não vi.
Passei chorando o passivo sonho
pois essa vida - é poeira- rastreia.
Embebedei alguns ou algos
na ventania de minhas tempestades
no peitoril das saudades sem fé
que não dizem mais da dona agonia.
Ri mais que chorei de mim.
Rachei o adeus, pari o desejo,
quebrei o elo juramentado,
virei pó...
A solidão minha senhora pus porta a fora,
caí em nós, sai de cena, morri.
Ouvi tua voz, um hino.
Caduquei.
Ouvi tua voz...
Ressurgi.