Já não cabe?
Dias tão dispersos, perdidos em uma tranqüilidade sórdida;
Introversos e repelidos em uma felicidade mórbida.
O desespero do desapego lançado no precipício;
No exagero o aconchego torna-se vicio.
Repete-se a sina, pois se tornou cena;
Já não se inclina e nada vale à pena.
Sentimentos são versos cantarolados em um refrão;
Pensamentos infundados e alucinação.
Desabita o racional, é o todo temporal.
A vida só uma passagem em nosso mundo racional.
Passos tão apressados, segundos apertados e dias em vão.
A palavra já não cabe no verso e o descabido torna-se refrão.