O sol e o compasso

Há um vento ,ainda frio, em se tratando de início de um verão nordestino. Como um poeta que sem a emocionalidade fácil não consegue fazer poesia, eu estou tentado compreender as regras do tempo. Seria tão bom falar de algo inerte, uma régua , por exemplo. Não consigo. A vida foi feita de um material a prova de frieza, não a frieza do tempo. O tempo científico. Mas a brisa está fresca. Já é verão nordestino. E o sol é para mim, uma forma de enfrentar a tristeza. É claro, claro, claro... Sua força penetra em minha alma, e a angústia se enfraquece. Uma régua . O que há em uma régua? Centímetros, milímetros....? Não quero saber de medidas, não quero saber de compasso: simínima. Só a melodia me interessa. E estou ouvindo o som do vento tocando nas folhas de uma árvore. Perto de mim

Soleno Rodrigues
Enviado por Soleno Rodrigues em 22/09/2009
Reeditado em 26/04/2014
Código do texto: T1824418
Classificação de conteúdo: seguro