Meiga Um Vento

Sombra que morre à

beira da lua; sombra que

moreja seus lábios,

acende seus olhos de luz

em contra-verso.

Sem vigílias,

sem paredes.

Sombra que me amedronta,

- em manto de criança -

me leva ao mais escuro

e encurta

minha passagem pela vida.

Você,plena luz,

eu,esquina

de espera:

encurvado, com

um dourado

copo de vinho.

Bêbado de vida,

tonto de estrelas

sem nome.

Se é adeus,...adeus

um,beijo em você,meiga!

José Kappel
Enviado por José Kappel em 26/06/2006
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