Silêncio Existencial.
São ruínas em construção que acordam
Minhas mãos trêmulas por saber
Que deixarão versos para ti
Que nem os imagina existir.
São meus segredos que cobrirão
Descobrindo estes dias solitários
Em muitas gerações de amantes
Que aqui não se encontraram.
E quando de vez sentir que estive
Esperando por teus carinhos,
Compreenderá poesia d’alma
E pranteará o tempo perdido
A buscar-me em estradas
Deitando em camas não perfumadas.
Não lamente os desencontros.
Olhe.
Verá no ar um vulto cintilante
Bailando nas altas montanhas,
Imperceptível poeira a saudar-te,
Em reverência ao que virá.
Dirá a todos da existência do amor,
Brotarei dos teus sonhos aonde o encontro
Silenciosamente acontecerá... em tempo certo.