Silêncio Existencial.

São ruínas em construção que acordam

Minhas mãos trêmulas por saber

Que deixarão versos para ti

Que nem os imagina existir.

São meus segredos que cobrirão

Descobrindo estes dias solitários

Em muitas gerações de amantes

Que aqui não se encontraram.

E quando de vez sentir que estive

Esperando por teus carinhos,

Compreenderá poesia d’alma

E pranteará o tempo perdido

A buscar-me em estradas

Deitando em camas não perfumadas.

Não lamente os desencontros.

Olhe.

Verá no ar um vulto cintilante

Bailando nas altas montanhas,

Imperceptível poeira a saudar-te,

Em reverência ao que virá.

Dirá a todos da existência do amor,

Brotarei dos teus sonhos aonde o encontro

Silenciosamente acontecerá... em tempo certo.

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 20/05/2005
Código do texto: T18241