Amor face a face.
Ecoa em meu peito àquelas horas
Que tardias nasceram emolduradas
Trazendo alegria aos atos em nossos abraços,
Perdidos nos corpos acariciados.
Suaves verdades a meia luz natural
Do seu rosto a contorcer de prazer
O que arfava em meus olhos
Em frases que eu não dizia.
Sinais em gozo mãos alinhadas
As sinuosas vontades de alcançar
A eternidade em um segundo
Para justificar tamanha explosão.
Paixão inocente - entrega livre,
Vento de silêncios dentro do vulcão
Que derramava vida no edredom.
Inusitada troca em sereno estremecer
A encharcar a pele de saliva
E provocar caminhos da imaginação
Aonde reside o romance que insinua
O que procuram dois corpos
Libertos no santo segundo
Em que o amor
Veste de magia
A doçura
De contemplar-se.