Saudades da Serra
 
                             
Alguém não pode imaginar
o que o sertanejo sofre
quando deixa o seu lugar.
Sofro esse mal faz tempo.
Lembro das maravilhas
da Serra que é talhada.
Nem sei quantas vezes lá
subi para apreciar a cidade.
Cidade que tem uma igreja
que impressiona aos que
olham e frequentam.
Sentava naquela praça nas
noites de lua cheia e sol poente,
e ficava admirada com a beleza
que era peculiar esbanjar.
O velho rio quando cheio
transbordava por todo lado
e nós, as crianças às vezes
ficávamos assustadas.
Na seca, nada me faltava
e era feliz junto aos familiares.
Certo dia foi preciso realizar o sonho
de estudar numa cidade maior
deixando família, colegas do Grupo
Escolar para aventurar o aprendizado
em colégio, essas coisas de menina
sonhadora que pensava em ser professora.
Consegui! Mas esquecer minha terra
nem quero pensar.
Ah! Saudades da Serra e meu sertão.

Poucas vezes voltei para visitá-la.
Isso me custa caro, pois vou relembrar
para sempre de minha Serra Talhada.
 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 21/09/2009
Reeditado em 09/07/2010
Código do texto: T1823587