Meu pomar ( Para meu pai )

É cedinho acordo com o galo a cantar,

no fogão de lenha ouço da madeira o estalar,

sinto o cheiro do café a me despertar,

vejo o dia em aurora se transformar.

A roça me espera para nele plantar,

sementes do amanhã que virão no meu lugar.

Gosto desse jeito de a vida levar,

simplicidade sempre foi o meu lugar.

A tarde com o sol a nos queimar,

a agua doce e fresca da fonte a refrescar,

o vento por entre os matos a suavizar,

o cheiro de mato sempre foi meu habitar.

A tardezinha voltando para o lar,

vejo a fumaça saindo com cheiro para inalar.

Meus pais e irmãos a se preparar,

para todos juntos jantar.

Oque mais posso querer desse lugar,

a noite no relento me deitar,

as estrelas do céu posso contar,

e junto com a noite sonhar.

Quero sim uma familia formar,

mas quero cultivar nessa terra meu lugar.

Onde possa oque quiser plantar,

e filhos para seguir meu semear.

Não quero muito conquistar,

quero alguém como eu pensar.

Alguem para de mim cuidar,

para quando minha hora chegar...

...saber que a simplicidade foi meu almejar,

por isso tardiamente vou voltar,

onde possa de longe olhar,

e apreciar frutos do meu pomar.

Fernando Lobos
Enviado por Fernando Lobos em 20/09/2009
Reeditado em 20/09/2009
Código do texto: T1821268
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