Eu e o estrangeiro

Certeza, só das ilusões a tenho.

Ilusão sim, vida de algodão doce,

de inexistência derretida.

Vida de mormaço, de sol ameno

Brisa suave, dolorida.

E da ilusão do outro,

Fumaça, cheiro de parafina.

Lágrimas e destroços

E a lembrança que enterrada, definha.

A dor alheia que agora é minha

Me inunda e reaviva,

reorganiza meu mundo caduco.

Traz a mim a tristeza e a certeza

Nulas

Envolvidas no véu de um vulto.